sábado, 23 de abril de 2011

não há pena para isso ?

sou uma pessoa normal, igual a ti, igual a muitas outras, bem igual igual não sou, mas tenho nariz , boca, olhos, sou de carne e osso pelo menos é o que me parece , a vida é a coisa mais bela alguma vez feita, deixem-se de tretas e vivam, respirem o ar puro , mergulhem no mar, sonhem tanto mas tanto que caiam abaixo da cama, gritem bem alto, sussurrem tão baixo que nem vos ouçam , sorriam tanto que fiquem com um milhão de  rugas de expressão, mostrem esses dentes e sejam felizes.
soltem-se , deixem o pensamento livre, não se preocupem ele não precisa de gps, inalem oxigénio mas não em demasiado que provoque um ataque cardiaco.
façam tudo e não deixem nada para trás, nada por fazer, nada por dizer porque a vida é demasiado curta , não há tempo para arrependimentos, desculpas esfarrapadas que nos vão encher a cabeça de dúvidas todos os dias, eu tenho pessoas muito importantes na minha vida são aquelas que também têm nariz, boca e olhos, aqueles de carne e osso , aquelas que me fazem respirar ar puro, que mergulham comigo no mar, que atiro abaixo da cama, que gritam que parecem histericos ou que o brad pitt está ali mesmo à sua frente, aquelas que sussuram ao meu ouvido ao adormecer, que me metem este sorriso na cara e os futuros culpados pela minhas futuras rugas, por isso não me preocupo.
não não me preocupo como me poderia preocupar basicamente nao tenho de fazer nada porque eles ja fazem tudo, eles já são tudo e principalmente são os principais culpados por eu ser feliz, não há pena para isso ?



http://www.youtube.com/watch?v=eX7nMCRSqJU

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

como um cão abandonado !

 acordas, acordas-te revoltado como se o mundo fosse acabar , pergunto se estás bem, tu respondes achas mesmo ? fico chocada olhando para ti daquele jeito devastador, inoportuno, ingénuo.
tu olhas-me como um cão abandonado, sozinho, perdido pelas ruas do nosso eterno porto.
tens saudades de casa, eu deixo-te ir , tenho receio de nunca mais voltares, mas se voltares vai ser como uma criança vendada jogando o jogo da cabra cega, ansiosa, muito ansiosa quero eu dizer com ternura de olhar, não vai ser mais um momento de desespero mútuo, vai ser a esperança de um acordar de um novo amanhã onde tu acordas com aquele teu doce olhar e me trazes panquecas e café quente à cama e quando eu te pergunto se estás bem , tu dizes-me claro que estou a terra é redonda e eu estou vivo querias que eu estivesse quê ? mórbido numa cama com o desejo que o mundo fosse acabar não não sou desses posso ser ingénuo, inoportuno , devastador eu olho para ti com aquele meu sorriso que tu bem conheces tu e toda a gente e penso afinal sempre voltaste .

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

como é que ainda dura ?

como é que ainda dura é a pergunta?
bem, eu ainda olho para ti da mesma maneira de à dez anos atrás, ainda temos aqueles sorrisos mútuos, rejuvenescentes, invejados pelos outros.
passo a palma da mão pelo teu rosto e sinto as tuas rugas, sinto os anos vividos, memórias porém intactas invadem a tua alma e eu sinto-o no teu rosto.
sim, o teu rosto, aquele a que gostas de chamar "a carinha de um puto de 18 anos", já não a é mas ages como tal, ainda deixas as tuas meias enroladas tipo bicho da conta ao lado da cama, ainda gostas de não fazer a barba dias seguidos, tipo vagabundo e ainda te recusas a acordar antes do meio-dia.
é por essas e por outras que muitos se separam, e é por esses mesmos motivos que eu não, porque sei que aí dentro ainda vive o jovem que eu conheci à uns anos atrás.
se fizesses a barba todos os dias , colocasses as meias para lavar e acordasses antes do meio-dia, eu não me teria apaixonado por esse jovem aventureiro com a mania que era um corajoso e encantador Don Juan.
sabes porque não te abandono?
porque sei que tens mais medo de mim do que da gilete, porque sei que acordas todos os dias ao meio-dia porque ficas a olhar para mim toda a noite e que deixas as meias enroladas tipo bicho da conta porque não queres sair da cama para as pôr para lavar e deixar-me sozinha nesse desesperado espaço de tempo.
eles se separam porque o sentimento deles tornou-se como um pão sem sal, um chocolate sem açúcar e uma ida à praia sem um mergulho.
agora tens a resposta porque ainda dura, não é por ser fraca ou ter um coração mais gélido que o ponto máximo do Evareste, é por saber que mal chegue a casa tu o vais aquecer, cuidar e permanecer nele até ao fim dos meus dias.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ao tempo que isso foi

olhas-me com esse ar indignado,
eu digo-te não, não penso dar-te,
piscas-me o olho, eu pergunto estás cego ?
olhas-me de frente e de trás como quem diz tanto faz.
fazes de conta que percebeste, bem eu até te percebo.
queres voltar atrás reviver o tempo em que eras criança,
voltar aquele tempo onde quando fazias esse teu ar indignado as pessoas riam-se, quando piscavas o olho toda a gente dizia que irias ser o próximo galã das telenovelas que as nossas mamacitas vêm na televisão,
quando fingias que percebias e as pessoas diziam-te que eras apenas uma inocente criança.
as pessoas querem-se tornar no próximo SUPER HOMEM, um título inegualável, sem pudor, um título merecido, pode até ser apenas um título de uma banda desenhada, mas se pensares bem toda a gente tem um exemplo de vida, uma pessoa que admiramos.
se pensarmos bem somos apenas humanos, com erros bem, muitos erros até, somos apenas uns crentes como diz alguém que eu conheço, acreditamos que tudo é possível, bem eu acho que vou sempre acreditar nessa teoria,

alguém disse "querer é poder" por alguma razão não prevejo que seja mais um maluquinho que se queira diferenciar no meio da multidão.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

o homem da lista

pegas numa caneta e numa folha branca, branca como a cor da tua alma penetrada pelo meu desespero, aquele desespero que tu também sentes, aquele desespero mútuo, como se o mundo fosse acabar e tivesses de cumprir tudo o que a tua lista de momentos, sonhos e amarguras desejavam para ti.
sozinho, perdido pensavas tu embriagado pelas ruas de Lisboa, enquanto subias os bancos do jardim e as pessoas pensavam que eras louco, louco pelo momento de acabar o que para eles era a tua insigniificante lista, aquela lista era o que tu mais desejavas, era para ti o único sujeito do pensamento.
fugias, corrias seu desgraçado só por causa de uma lista, mas aquela lista não era só mais uma no meio das outras como todas as mulheres que tiveste.
só faltava um visto para após tanto tempo inacabada ficasse completa, faltava o desafio da vida, aquele era o derradeiro desafio, o mais dificil de todos, era o de deixares algo que te recordasse naquela coisa redonda a que chamam Terra para não seres apenas mais um porque mais um somos todos nós.
tu, tu eras diferente eras apenas o embriagado pelas ruas de Lisboa, o que conseguiu acabar a insignificante lista, não foste um super-herói, nenhum politico berrante nem uma estrela de cinema por quem todos gritam, foste apenas o homem da lista e é por isso que és recordado.

domingo, 14 de novembro de 2010

a corrida da tua vida

vais sempre em frente como um espirito passageiro, vais a correr como quem só pará no fim do mundo, deixas tudo para trás num folgo de desespero.
como se fosses o único capaz de ganhar a maratona da vida, como se nada mais importasse, como se fosses o campeão no alto do vale.
como se pegasses na tua guitarra e nunca mais sentisses o chão debaixo dos teus pés, como uma música que fica eternamente no ouvido.
a ambição de cortar a meta é tão feroz, transmite uma sensação de calma, a sensação de mover o mundo com uma somente palavra.
moves montanhas com o teu sentimento, aquele sentimento que nos invade a alma e corrempo-nos até percebermos que somos apenas seres humanos. 

domingo, 31 de outubro de 2010

a farsa do puder e não querer, não é uma justificação válida


querer ser super-herói e não puder voar;

querer dormir sem fechar os olhos;

querer falar sem abrir a boca.

um dia alguém disse que queria ser super-herói mas não conseguia voar, por isso, alguém decidiu criar o suicídio, assim podes voar cerca de vinte segundos até morreres.

um dia alguém disse que queria dormir sem fechar os olhos, por isso, alguém decidiu criar a morte, dormes para sempre e podes deixar os olhos abertos.

um dia alguém disse que queria falar sem abrir a boca, um dia destes ainda vão criar um robô que nos leia o pensamento e fale por nós, uma coisa eu sei que não vão criar, um coração-despertador, ninguém se lembraria, um coração-despertador, estão mesmo a imaginar o coração a tocar de manhã com uma vozinha fininha são SETE E UM QUARTO DA MANHÃ, HORA DE ACORDAR, HORA DE ACORDAR, e tu a tirares o coração do peito e desligares até às 8h, e a tua mãe a ir ao teu quarto acordar-te às sete e meia e pensar que estás morto e tu acordas as 8h , vais à cozinha tomar o pequeno-almoço como se nada se tivesse passado, portanto acho que ninguém vai decidir criar um coração despertador.